sexta-feira, 1 de abril de 2011

Porosidade:


Tema/Teoria:

P
orosidade das areias - granulometria e grau de calibragem.

Resumo:
Entre os grãos de areia existem espaços onde a água ou o ar podem circular. Esses espaços são denominados de poros, e dependem do grau de calibragem dos detritos que constituem um sedimento. Por sua vez, o grau de calibragem, está relacionado com a granosselecção que depende do tamanho, da forma e da densidade das partículas (estas características das partículas: o tamanho, a forma e a
densidade, derivam do tipo de transporte que estas sofreram e da sua duração).
Num sedimento mal calibrado, as partículas possuem dimensões diferentes, pelo que estas se “encaixam” facilmente umas nas outras, preenchendo os espaços vazios, sendo, nestes casos, a porosidade menor. Pode então afirmar-se que os poros existem devido ao facto de haver espaços vazios entre os materiais, que se deve às diferentes dimensões e formas que estes possuem.

Palavras-chave: Porosidade; granosselecção; granulometria; grau de calibragem; teor em água; grau de porosidade; grau de arredondamento; poros; detritos; sedimentos; permeabilidade; rochas sílticas;
rochas argilosas; rochas sedimentares detríticas.

Observações/Resultados:






Discussão dos Resultados:

Após a realização da actividade laboratorial foi possível concluir que:
- Os poros existem devido às diferenças de dimensões e formas que existem entre os detritos que constituem os sedimentos;
- A porosidade de um sedimento depende do grau de calibragem dos materiais que o constituem;
- A granosselecção condiciona o grau de arredondamento e o grau de calibragem dos sedimentos, que por sua vez irão condicionar a porosidade dos sedimentos;

- Quanto maior for o grau de calibragem dos sedimentos, mais espaços vazios existirão entre os detritos que constituem esses sedimentos, logo a sua porosidade será maior;
- Entre os sedimentos de maiores dimensões existem mais espaços vazios devido á dificuldade que alguns destes possuem em se “encaixarem” uns nos outros;

- Quanto mais poroso for um sedimento, maior será a quantidade de ar e de água pela qual este se deixa atravessar, logo a sua permeabilidade será maior;
- Os sedimentos que possuíam menor porosidade deveriam ter sido aqueles cujos materiais que os constituíam possuíam uma menor calibragem e que, por isso, havia um menor espaço entre as partículas; e os que possuíam maior porosidade deveriam ter sido aqueles cujos materiais que os constituíam tinham uma maior calibragem e, consequentemente, um maior espaço entre as partículas;

- Os resultados obtidos não foram os esperados pois a permeabilidade de algumas areias mais grosseiras foi inferior á permeabilidade de algumas areias de grão mais fino;

- Quanto maior for o calibre de uma areia maior será a sua porosidade, pois os grãos são maiores e o contacto entre eles também é maior, deixando assim muitos espaços entre eles para ocupar;
- O aumento da porosidade aumenta a permeabilidade da areia;
- A porosidade tem influência no deslizamento e na permeabilidade do solo;

- A areia com menor percentagem de porosidade foi a areia 6;
- A areia com maior percentagem de porosidade foi a areia 3;

Floculação

1.Tema/Teoria

    Processos e materiais geológicos importantes em ambiente terrestre – Floculação

2.Resumo

    Alguns sais têm propriedades que permitem a floculação das partículas de argila ou de silte. O fenómeno de floculação consiste na junção de pequenos grãos de sedimentos, originando partículas de maior dimensão. Estas partículas são então capazes de sofrer deposição.
    A floculação permite que partículas muito pequenas, por exemplo, argilas ou siltes, se depositem, que de outra forma ficariam em suspensão permanente.
    O fenómeno da floculação envolve processos electroquímicos, onde os iões de cloro interagem com as partículas do sedimento em suspensão, conduzindo ao agrupamento destas fazendo com se juntem numa partícula de maiores dimensões que pode então sofrer deposição.

3. Palavras-chaves

    Floculação; força gravítica; deposição; partículas; sedimentos; Cloreto de Sódio; cursos de água; curva de Hjulström.

4. Observações/Resultados



1.Após 1 min

2. Após 2 mins

3. Após 5 mins



    A concentração da solução de NaCℓ era de 28g/l.
    No 1º minuto é possível notar no tubo de ensaio com a solução de NaCℓ um grau de deposição ligeiramente maior.
    A partir do 2º minuto é notório que o tubo de ensaio com a solução de cloreto de sódio sofreu uma elevada deposição quando comparada com a deposição ocorrida no tubo de ensaio com água.

5. Discussão dos resultados

    A curva de Hjulström é uma relação entre a velocidade do fluido (curso de água) e o comportamento das partículas em suspensão:




    
    Assim de acordo com a curva de Hjulström os sedimentos com dimensões inferiores a 0,01 mm não sofrem deposição, mesmo que a velocidade do fluido seja nula, ficando estas partículas em suspensão. O fenómeno de floculação permite a agregação destas partículas, originando partículas de maior dimensão, capazes de sofrer deposição.
    O NaCl estimula a floculação das partículas, ou seja, faz com que as partículas de pequenas dimensões se agrupem formando grãos de maiores dimensões. Estes grãos de maiores dimensões sofrem então deposição.
    Este fenómeno ocorre, por exemplo, nas zonas de estuário onde os sedimentos de pequenas dimensões (argilas e siltes) sofrem floculação devido á presença de NaCℓ proveniente do oceano.
     Para determinar a importância do NaCℓ na deposição de materiais argilosos recorreu-se a uma actividade laboratorial onde foi adicionada argila a um tubo de ensaio com solução de NaCℓ e a um tubo de ensaio com água. Aguardou-se cerca de 5 min de forma a determinar o grau de deposição nos dois tubos de ensaio.
 

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Reprodução Sexuada nas Plantas – Frutos e Sementes

1.Teoria: Reprodução Sexuada nas Plantas – Frutos e Sementes

2.Resumo:

     Tal como nos animais, nas plantas ocorrem diversas estratégias que permitem o sucesso da reprodução sexuada. Os mecanismos são extremamente variados nas plantas com flores, onde existem estruturas reprodutoras que permitem o desenvolvimento das sementes.
      Os óvulos, após a fecundação, originam as sementes. As paredes do ovário desenvolvem-se, muitas vezes, em conjunto com outras peças florais, formando o pericarpo, que envolve as sementes. O conjunto do pericarpo e da semente ou das sementes constitui o fruto. Quando maduro, o pericarpo pode conter substâncias nutritivas e designa-se por fruto carnudo, ou acaba por desidratar, formando um fruto seco. As estruturas que envolvem as sementes podem facilitar a sua dispersão por áreas por vezes distantes das plantas onde foram atingidas.

3.Palavras-chave: semente; pericarpo; fruto; ovário; embrião; zigoto; epicarpo; maça; feijão; exocarpo; mesocarpo; endocarpo; angiospérmica; tegumento; dispersão das sementes; fecundação; polinização; epicarpo; mesocarpo; endocarpo; fruto simples; fruto composto;

4.Observações/Resultados:

      Na aula observou-se uma maçã e um feijão. O feijão foi previamente colocado num recipiente que continha água de forma a facilitar a remoção do tegumento e a separação dos dois cotilédones. Num dos cotilédones foi possível observar uma estrutura que correspondia ao embrião.
     A maçã foi cortada longitudinalmente de forma a ser possível a observação das sementes contidas no seu interior.

5. Discussão de resultados:
           
     O fruto é uma estrutura presente em todas as plantas pertencentes á divisão das angiospérmicas e contem no seu interior as sementes. Os frutos formam-se a partir do ovário das flores. Após a fecundação dos óvulos no seu interior, o ovário inicia um crescimento, acompanhado de uma modificação dos seus tecidos devido à influência de hormonas vegetais, que interferem na sua estrutura, consistência, cor e sabor, dando origem ao fruto. As sementes encontram-se encerradas nos frutos até, pelo menos, o momento da maturação (altura em que se costuma dizer que o fruto está maduro). Quando as sementes estão prontas para germinar, os frutos amadurecem, podendo abrir-se, libertando as sementes no solo, ou tornam-se aptos a serem ingeridos por animais, que depositarão as sementes após estas passarem pelo seu aparelho digestivo.
     A principal função dos frutos é a protecção da semente em desenvolvimento. Ao longo da sua evolução, as plantas com flores e frutos foram desenvolvendo novos tipos de frutos e novas estratégias para a dispersão das sementes neles contidas. Deste modo, hoje em dia, é possível observar a existência de um grande e variado número de espécies de plantas com frutos de diferentes cores, formas, tamanhos e sabores.
     Os frutos podem, em geral, dividir-se em três zonas distintas:
     - Epicarpo: camada externa, normalmente fibrosa; pode ser lisa, rugosa, com pêlos ou espinhos, e é vulgarmente conhecida como casca, camada mais externa do fruto; origina-se a partir da epiderme do ovário.
     - Mesocarpo: camada imediatamente abaixo do epicarpo, que pode ou não armazenar substâncias de reserva. Provém do mesofilo do ovário.
     - Endocarpo: camada mais interna, normalmente a camada mais rígida que envolve as sementes. É originada a partir da epiderme interna do ovário.
     Existe uma grande variedade de tipos de frutos, podendo estes ser classificados com base em diferentes características, como, por exemplo, a sua origem, tamanho, forma, composição, textura, número de sementes, forma como abrem para libertar as sementes, etc.
     Os frutos podem-se dividir, quanto à sua composição, em dois tipos:
    - Frutos simples: quando se desenvolvem a partir do ovário de um único carpelo. Exemplo: a maior parte dos frutos conhecidos apresentam-se desta forma, como limões, peras, uvas, tomates, etc.
    - Frutos compostos ou agregados: desenvolvem-se separadamente a partir de vários carpelos que se encontram na mesma flor. Exemplo: morango, magnólia, framboesa, etc.

Classificação dos frutos:

      - Quanto á abertura para a dispersão das sementes ou á deiscência:
  • Frutos deiscentes: frutos que se abrem naturalmente após atingirem a maturação, normalmente secos.
    Exemplo: ervilha, castanha e a maior parte das leguminosas.
  • Frutos indeiscentes: frutos que permanecem fechados após atingirem a maturação. Estes podem ser secos, lenhosos, ou carnosos.
    Exemplo: maçãs, laranjas, melões
    - Quanto ao número de sementes:
  • Frutos monospérmicos: frutos que possuem apenas uma semente.
Exemplo: pêssego, abacate.
  • Frutos polispérmicos: frutos que possuem mais do que uma semente.
Exemplo: laranja, melão.

- Quanto ao tipo de pericarpo que apresentam:
  • Frutos carnosos: frutos que apresentam pericarpos ricos em água e em substâncias nutritivas, constituindo geralmente o mesocarpo.
Exemplo: maça, limão.
  • Frutos secos: frutos que possuem pericarpos pobres em água, sem substâncias nutritivas que se encontram normalmente acumuladas nas sementes.
    Exemplo: ervilha, castanha.

    Tipos principais de frutos:
    • Baga: pode possuir um ovário unicarpelar, com um único carpelo, ou um ovário multicarpelar, com mais do que um carpelo, com sementes livres. Não apresenta carroço.
                  Exemplo: tomate, limão, abóbora, uva, laranja, etc.
    • Drupa: possui um ovário unicarpelar, com semente que se encontra aderida ao endocarpo duro (caroço).  
                  Exemplo: pêssego, ameixa, azeitona, etc.
    • Pomo: é um pseudofruto composto por um ou mais carpelos.
                  Exemplo: maçã, pêra, marmelo, etc.
    • Fruto Geocárpico: desenvolve-se no interior do solo
                  Exemplo: amendoim
    • Fruto partenocárpico: vai ser originado pelo desenvolvimento do ovário mas sem ocorrer a fecundação, processo ao qual se chama partenocarpia. Este tipo de fruto não vai possuir semente.
                  Exemplo: banana.
    • Pseudo-fruto: fruto que embora seja comestível, não resulta do desenvolvimento do ovário.
                  Exemplo: maçã, pêra.

    Sementes

                As sementes assumem um papel importante na reprodução e dispersão nas plantas pertencentes á super-divisão das espermatófitas.
                As sementes são constituídas por:
                - Tegumento, parte externa da semente que se desenvolve a partir do tegumento do óvulo;
                - Embrião, a partir do qual a planta se irá desenvolver, e que tem origem no desenvolvimento da zigoto;
                - Endosperma, tecido que envolve o embrião e que irá fornecer os nutrientes para o seu desenvolvimento, até que este dê origem a uma plantula com a capacidade de realizar a fotossíntese. Este tecido é, em algumas plantas, poliplóide pois resulta da fusão de várias células do óvulo com um gâmeta masculino. O ser humano também usa o endosperma de várias sementes na sua alimentação, como é o caso dos cereais
                Em certos frutos, como é o caso de pêssego, o endocarpo funde-se com o tegumento da semente dando origem a uma estrutura com textura lenhosa que envolve a semente.
     As sementes de plantas dicotiledônias possuem dois cotilédones. Nesta plantas o desenvolvimento do embrião dá origem a uma plantula com duas folhas cada uma constítuida por um cotilédone. Estas folhas para além de realizarem a fotossíntese possuem ainda uma reserva de nutrientes.
     Nas plantas monocotiledônias as sementes possuem um único cotilédone. Neste caso a pantula originada a partir do embrião terá apenas uma folha esguia.
     As sementes tem como principal função a dispersão dos descendestes, mas também a continuidade das espécie quando as características do meio em determinadas alturas do ano são adversas à sobrevivência dos indivíduos adultos. Isto porque as sementes permanecem num período de latência até que as condições do meio sejam favoráveis.
     As sementes utilizam diversos meios de dispersão: o vento, como é o caso das sementes do dente-de-leão; a água e os animais. Estes últimos são um agente de dispersão na medida em que ao se alimentarem dos frutos, ingerem também as sementes, que depois de atravessarem o tracto digestivo são libertadas num local relativamente distante da planta da qual o fruto teve origem.

    Facto curioso: A mais antiga semente (datada por Carbono-14) que germinou, tornando-se uma planta viável, tinha 2000 anos de idade. Ela foi descoberta numa escavação no palácio de Herodes em Israel e germinou em 2005. Era uma Tamareira.

    Referências

       Wikipédia
          - http://pt.wikipedia.org/wiki/Fruto
          - http://pt.wikipedia.org/wiki/Semente
          - http://pt.wikipedia.org/wiki/Cotil%C3%A9done
          - http://en.wikipedia.org/wiki/Cotyledon
          - http://en.wikipedia.org/wiki/Endosperm
          - http://en.wikipedia.org/wiki/Seed

    sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

    Reprodução sexuada nas plantas com flor

    1- Tema/Teoria:  Reprodução sexuada nas plantas com flor.

    2- Resumo:

          As plantas possuem estruturas designadas de gametângios que são os locais onde se formam os gâmetas. Estas estruturas podem ser de dois tipos, havendo gametângios masculinos (os anterídios), que produzem gâmetas masculinos, os anterozóides; e gametângios femininos (o arquegónio), que produz gâmetas femininos, as oosferas.
         Tal como nos animais, nas plantas ocorrem diversas estratégias que permitem o sucesso da reprodução sexuada. Os mecanismos são extremamente variados nas plantas com flores, onde existem estruturas reprodutoras que permitem o desenvolvimento das sementes.
         Estes seres vivos, as plantas, podem ser classificadas como sendo hermafroditas ou unissexuadas. As plantas hermafroditas possuem estames e carpelos, que são respectivamente os órgãos reprodutores masculino e os orgãos reprodutores femininos das plantas com flor, e as flores unissexuadas possuem ou só estames, como é o caso das flores unissexuadas masculinas, ou só carpelos no caso das flores unissexuadas femininas.

    3- Palavras-chave:

    Reprodução sexuada; estames; carpelos; hermafroditas; unissexuadas; anteras; sacos polínicos; grãos pólen; ovários; polinização cruzada; polinização directa; haplodiplonte; diplonte; haplonte; esporos; meiose pré-espórica; gametângios; gâmetas; estigma; estilete; antera; filete; anterídios; anterozóides; arquegónio; oosferas.

    4- Observações/Resultados:







    grãos de pólen ao microscópio

         A flor de lillium possui órgãos sexuais masculinos, os estames, e órgão sexuais femininos, os carpelos. Esta planta possui estames que se encontram numa posição inferior à do estigma, um número de pétalas múltiplo de três e um ovário tricarpelar.

    5- Discussão dos resultados: 

          A flor de lillium é hemafrodita, uma vez que possui órgãos sexuais femininos e masculinos, simultaneamente. Nesta flor é improvável ocorrer a polinização directa, pois os estames encontram-se numa posição inferior á do estigma. 
         Devido à presença de um número de pétalas multiplo de três pode-se afirmar que esta flor é uma monocotiledónea. 
         Esta flor, assim como todas as angiospérmicas, possui um ciclo de vida haplodiplonte. Nesta classe de plantas verifica-se a existência de duas gerações, a geração esporófita e a geração gametófita. Esta primeira geração inicia-se com a fecundação do anterozoíde com a oosfera, resultando no zigoto. A partir do zigoto desenvolve-se o embrião, que após um período de latência, vai continuar o seu desenvolvimento dando origem à planta adulta, o espórofito. A geração gametófita inicia-se com a formação dos grãos de pólen, por meiose, que neste caso é pré-espórica. 
         Para que ocorra a reprodução é necessário que se verifique polinização, isto é, que haja o transporte de grãos de pólen para os órgãos femininos, os carpelos. Os grãos de pólen são produzidos no interior das anteras e os óvulos existentes no interior dos ovários são os intervenientes na reprodução das plantas com flor, uma vez que correspondem aos gametângios femininos.
          Quando o transporte do pólen ocorre para os carpelos de flores pertencentes a outras plantas da mesma espécie dá-se o nome de polinização cruzada, este tipo de polinização é auxiliada por diversos agentes, biológicos ou geo-fisicos e permite uma maior variabilidade genética dos novos indivíduos, possibilitando-lhes uma melhor adaptação a alterações que possam ocorrer no meio. Por outro lado, caso haja o transporte do pólen para os órgãos femininos, carpelos, da mesma flor a polinização será directa. 
          Os grãos de pólen que são formados no interior dos sacos polinicos que se encontram nas anteras, quando caem sobre os estigmas, se as condições forem favoráveis, germinam, formando tubos polínicos. Os tubos polínicos são gametófitos uma vez que produzem os gâmetas masculinos, os anterozoídes. Estes gâmetas são transportados até ao interior dos óvulos pelos tubos polínicos ocorrendo a fecundação entre os anterozoídes e as oosferas, deste processo vai resultar um embrião que dará origem á semente que normalmente se encontra encerrada no pericarpo.

      Bibliografia:
    •      Terra, Universo de Vida 11º, Porto Editora

    sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

    Reprodução sexuada e assexuada em seres vivos

    Teoria: Reprodução sexuada eassexuada em seres vivos.
     
    Resumo:
         A continuidade da vida é assegurada pela reprodução, conjunto de processos pelos quais os seres vivos originam novos indivíduos idênticos a si próprios. Este é um fenómeno que permite a continuidade da espécie.
     
            Embora os processos de reprodução sejam muito variados, estes podem agrupar-se em dois tipos fundamentais: a reprodução assexuada e a reprodução sexuada.
     
    Palavras-chave: reprodução sexuada, reprodução assexuada, protozoário, amiba, hydra,
    penicillium, espirogira, paramécia, blepharisma, volvox, bipartição, gemulação,
    fragmentação, esporulação, conjugação, pseudopodes, cílios.
     
    Observações/resultados
         Em nenhuma das observações efectuadas foi possível presenciar um processo de reprodução. No entanto, estas permitiram identificar alguns organismos, nomeadamente,  a amiba, a hydra, a espirogira, o penicillium, a paramécia, a blepharisma e o volvox.
        
    Discussão dos resultados:
     
          Na reprodução assexuada formam-se novos indivíduos a partir de um só progenitor, sem ocorrer a fusão de gâmetas, ou seja, sem ocorrer a fecundação. Neste tipo de reprodução os seres vivos originados são geneticamente iguais entre si e ao progenitor.
         Na reprodução sexuada, os novos indivíduos são originados a partir de um ovo ou zigoto, célula que resulta da fusão de dois gâmetas (o gâmeta masculino - espermatozóide e o gâmeta feminino - o óvulo). Em contraste com a reprodução assexuada, neste tipo de reprodução os seres vivos originados são geneticamente diferentes entre si e do progenitor ou progenitores.
     
    Na 1ª aula:
         Observaram-se ao microscópio preparações de quatro seres vivos: a amiba, a hydra, a espirogira e o penicillium. Durante a observação destas preparações não foi possível ver a movimentação destes seres vivos devido ao facto de estas serem já preparações definitivas pelo que os seres vivos nelas contidas já tinham morrido.
    Amiba:
         A amiba é um ser vivo eucarionte que pertence ao reino protista, ao grupo dos protozoários (protistas semelhantes a animais). Esta reproduz-se por reprodução assexuada, mais especificamente
    por bipartição (processo no qual a amiba vai dividir-se em dois seres vivos que possuem dimensões idênticas e que irão desenvolver-se até atingirem uma dimensão semelhante á do progenitor).
         Este ser vivo pode formar pseudopodes que são projecções corporais que lhe permite deslocar-se e alimentar-se.
    Hydra:
    hydra é um ser vivo que pertence ao reino animalia, ao grupo dos cnidários, que possui tentáculos que a ajudam na ingestão de alimento. Esta possui uma reprodução sexuada e/ou assexuada, de acordo com as condições do meio.
    Na reprodução sexuada, uma hydra macho liberta espermatozóides na água que se irão deslocar até uma hydra fêmea, onde o óvulo irá ser fecundado (fecundação externa). Forma-se, então, um ovo ou zigoto, que se desenvolve no corpo da hydra fêmea, transformando-se num embrião. Mais tarde esse embrião separasse-a do corpo da hydra mãe, dando origem a uma pequena hydra, que crescerá até formar uma hydra macho ou fêmea adulta.
    Quanto á reprodução assexuada, que ocorre quando as condições do meio são mais favoráveis (por exemplo quando existe mais alimento disponível), permite originar novos descendentes por gemulação, processo no qual se formam gomos ou gemas que se irão desenvolver até se separarem do corpo da hydra mãe, originando nessa altura um ser vivo independente (a reprodução assexuada neste seres vivos também possui a capacidade de regeneração).
    Espirogira:
    A espirogira é um tipo de alga verde, uma clorofita, pois possui clorofila a que lhe confere a sua cor verde. Esta é um ser unicelular que pertence, tal como a amiba e a paramécia, ao reino protista. Relativamente á sua constituição, a espirogira é um ser não ramificado, constituído por células rectangulares.
    Esta alga habita normalmente em lagos e charcos e possui um aspecto viscoso que se deve
    ao facto dos seus filamentos serem envolvidos por uma bainha aquosa.
    A espirogira pode reproduzir-se de forma assexuada ou sexuada:
    Na reprodução assexuada esta utiliza a fragmentação para dar origem a descendentes. Este é um processo em que este ser vivo se divide em pequenas partes, que por mitoses sucessivas se desenvolverão até atingirem o seu tamanho característico.
    A reprodução sexuada ocorre quando dois filamentos de espirogira que se encontram próximos emitem tubos de conjugação que se fundem, formando um canal de conjugação. O conteúdo de cada célula de um dos filamentos condensa-se e desloca-se pelo tubo de conjugação até á célula do outro filamento. O conteúdo celular que se movimenta constitui um gâmeta, o gâmeta dador, e o conteúdo celular que permanece imóvel é o gâmeta receptor. Cada gâmeta dador funde-se com um gâmeta receptor, ocorrendo a fusão dos núcleos e dos citoplasmas, formando-se assim, num dos filamentos, diversos ovos ou zigotos.
    Penicillium:

    O Penicillium, ser eucarionte que pertence ao reino fungi, é um tipo de fungo que se alimenta por absorção. Este cresce em matéria orgânica biodegradável, especialmente no solo e outros ambientes que sejam húmidos e escuros. Por contágio, contaminam frutas, sementes e outros alimentos; sendo responsáveis pelos bolores que aparecem em alimentos para consumo humano.
    O penicillium pode reproduzir-se por reprodução sexuada ou assexuada:
    No caso da reprodução assexuada, o mecanismo que irá originar novos descendentes é a esporulação (processo no qual se formam esporos no corpo do progenitor que irão crescer e amadurecer até se soltarem. Cada esporo originará um novo individuo.)
     
    Na 2ª aula:
    Tal como na primeira aula, começamos por ouvir as explicações do professor em relação á actividade laboratorial. De seguida procedemos á criação de preparações que continham dois seres vivos que pudemos observar ao microscópio, a paramécia e a blepharisma.
    Aqui ficam algumas das características destes dois protistas:
    Paramécia:

    A paramécia é um organismo unicelular que pertence ao reino dos protistas. Esta é um protozoário que habita em águas doces, sendo especialmente frequente em pequenas poças de água suja.
    A reprodução da paramécia é sobretudo assexuada mas também pode ser reprodução sexuada.
    A reprodução assexuada ocorre por bipartição. Neste processo a célula que constitui o corpo do indivíduo “progenitor” divide-se por mitose, originando duas células idênticas (a divisão por mitose vai fazer com que as células-filhas sejam iguais á célula que lhes deu origem, não havendo variabilidade genética não havendo variabilidade genética o que terá como consequência a perda da individualidade genética do progenitor). As duas novas células, que são geneticamente idênticas, vão crescer rapidamente, podendo voltar a dividir-se.
    No caso da reprodução sexuada, estes seres vivos reproduzem-se por um processo denominado por conjugação, processo no qual dois indivíduos de sexos diferentes entram em contacto, formando uma ponte citoplasmática temporária, por meio da qual trocam micronúcleos.
    É também importante referir que a paramécia possui cílios, estruturas de pequenas dimensões e que aparecem em grande quantidade neste tipo de células, estas têm como função permitir a locomoção deste ser vivo.
    Blepharisma:

    Tal como rande parte dos seres vivos que descrevemos anteriormente, a blepharisma um tipo de protista. Esta destaca-se de grande parte dos outros animais que ertencem a este reino pelo facto de possuir uma tonalidade cor-de-rosa clara e or se encontrar coberta por cílios que são pequenas estruturas semelhantes a pêlos ue lhe permite mover-se através da água com relativa velocidade, tornando, por isso difícil a sua manutenção no campo de visão do microscópio. Para além da função de locomoção, os cílios também são usados por muitos protistas para apanhar alimentos.
    Na blepharisma existem dois tipos de reprodução: a reprodução sexuada e assexuada.
    A reprodução sexuada ocorre por conjugação, tal como na paramécia. Este é um processo no qual dois indivíduos de sexos diferentes entram em contacto, formando uma ponte citoplasmática temporária, por meio da qual trocam micronúcleos.
    No caso da reprodução assexuada, esta ocorre por bipartição, processo no qual a blepharisma se divide em dois seres vivos que possuem dimensões idênticas e que irão desenvolver-se até atingirem uma dimensão semelhante á do progenitor. 
     
    Na 3º aula:
    Volvox
    A Volvox é uma alga verde, pertencente ao reino Protista. Esta alga é uma clorofita pois possui cloroplastos que lhe conferem uma cor verde. Este organismo tem capacidade de locomoção através de flagelos. As volvox formam colónias de cerca de 50.000 indivíduos. Estes organismos aquáticos habitam em locais com água doce.
    A volvox possui dois mecanismos de reprodução: a reprodução assexuada onde um individuo, por fragmentação, dá origem a outros geneticamente idênticos; e a reprodução sexuada, onde um macho liberta os gâmetas masculinos sobre os óvulos, gâmetas femininos, de forma a os fecundar.
                Os organismos que são capazes de utilizar mecanismos de reprodução assexuada, assim como mecanismos de reprodução sexuada, utilizam os processos de reprodução assexuada quando o meio disponibiliza condições favoráveis. Este mecanismo de reprodução, resulta num crescimento exponencial da comunidade de espécies, mas os indivíduos resultantes são geneticamente idênticos, o que os torna mais vulneráveis. Por esta razão, quando as condições do meio são adversas os organismos utilizam, normalmente, a reprodução sexuada, de forma a aumentar a variabilidade genética, o que permite uma melhor adaptação a alterações que possam ocorrer no meio.
     
    Bibliografia:

    sexta-feira, 19 de novembro de 2010

    Observação e identificação de fases da mitose em células vegetais

    1.Tema/Teoria
    Crescimento e renovação celular – Fases mitóticas

    2.Resumo
    A principal característica da vida é, sem dúvida, a sua natureza cíclica. De um modo geral, as células crescem, aumentam o seu conteúdo e depois dividem-se. O ciclo celular considera duas fases: a interfase e a fase mitótica. A interfase corresponde ao período compreendido entre o fim de uma divisão celular e o início da seguinte. A fase mitótica ou período de divisão celular diz respeito ao período durante a qual ocorre a divisão celular. Esta fase compreende ainda diferentes sub-fases, a citocinese e a mitose. A citocinese corresponde à individualização das duas células filhas, que no caso das células eucarióticas animais ocorre por estrangulamento e nas células vegetais através de fragmoplastos. A mitose está dividida em quatro estádios: a prófase, a metáfase, a anáfase e a telófase.


    3.Palavras-Chave
    Ciclo celular; Fase mitótica; Prófase; Metáfase; Anáfase;
    Telófase

    4.Observações/Resultados





    1-Células que apresentam os cromossomas dispostos ao longo
    do plano equatorial
    2-Célula que apresenta os cromossomas num estado de
    condensação elevada
    3-Célula na qual os cromossomas se encontram nos pólos
    4-Célula em que os cromossomas estão a ascender aos pólos

    5.Discusão dos resultados
         Através da análise e interpretação das imagens obtidas é possível concluir que todas as células se encontram na
    fase mitótica, pois os seus cromossomas se encontram condensados.
         A célula 2 encontra-se na prófase, uma vez que apesar de os seus cromossomas se encontrarem condensados estes
    estão dispersos. Neste estádio verifica-se também a ascensão polar dos
    centríolos e a formação do fuso acromático.

         As células 1 encontram-se na metáfase, pois os seus cromossomas se encontram no plano equatorial da célula, característica que caracteriza este estádio. Nesta fase
    ocorre também a ligação de microtúbulos que compõem o fuso acromático aos cromossomas.
        A célula 4 encontra-se na anáfase visto que os seus cromossomas estão em ascensão aos pólos da mesma. Este estádio é também caracterizado pela clivagem do centrómero e pelo facto de a ascensão polar dos cromossomas-filhos ser efectuada por microtúbulos que compõem o fuso
    acromático.
         A célula 3 encontra-se na telófase que corresponde ao estádio no qual os cromossomas se encontram nos pólos da célula. Nesta fase dá-se também a reorganização da membrana nuclear à volta dos cromossomas de cada célula-filha.
    Referências
    •   "Terra, Universo de Vida - Biologia",  Porto Editora