sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Reprodução sexuada e assexuada em seres vivos

Teoria: Reprodução sexuada eassexuada em seres vivos.
 
Resumo:
     A continuidade da vida é assegurada pela reprodução, conjunto de processos pelos quais os seres vivos originam novos indivíduos idênticos a si próprios. Este é um fenómeno que permite a continuidade da espécie.
 
        Embora os processos de reprodução sejam muito variados, estes podem agrupar-se em dois tipos fundamentais: a reprodução assexuada e a reprodução sexuada.
 
Palavras-chave: reprodução sexuada, reprodução assexuada, protozoário, amiba, hydra,
penicillium, espirogira, paramécia, blepharisma, volvox, bipartição, gemulação,
fragmentação, esporulação, conjugação, pseudopodes, cílios.
 
Observações/resultados
     Em nenhuma das observações efectuadas foi possível presenciar um processo de reprodução. No entanto, estas permitiram identificar alguns organismos, nomeadamente,  a amiba, a hydra, a espirogira, o penicillium, a paramécia, a blepharisma e o volvox.
    
Discussão dos resultados:
 
      Na reprodução assexuada formam-se novos indivíduos a partir de um só progenitor, sem ocorrer a fusão de gâmetas, ou seja, sem ocorrer a fecundação. Neste tipo de reprodução os seres vivos originados são geneticamente iguais entre si e ao progenitor.
     Na reprodução sexuada, os novos indivíduos são originados a partir de um ovo ou zigoto, célula que resulta da fusão de dois gâmetas (o gâmeta masculino - espermatozóide e o gâmeta feminino - o óvulo). Em contraste com a reprodução assexuada, neste tipo de reprodução os seres vivos originados são geneticamente diferentes entre si e do progenitor ou progenitores.
 
Na 1ª aula:
     Observaram-se ao microscópio preparações de quatro seres vivos: a amiba, a hydra, a espirogira e o penicillium. Durante a observação destas preparações não foi possível ver a movimentação destes seres vivos devido ao facto de estas serem já preparações definitivas pelo que os seres vivos nelas contidas já tinham morrido.
Amiba:
     A amiba é um ser vivo eucarionte que pertence ao reino protista, ao grupo dos protozoários (protistas semelhantes a animais). Esta reproduz-se por reprodução assexuada, mais especificamente
por bipartição (processo no qual a amiba vai dividir-se em dois seres vivos que possuem dimensões idênticas e que irão desenvolver-se até atingirem uma dimensão semelhante á do progenitor).
     Este ser vivo pode formar pseudopodes que são projecções corporais que lhe permite deslocar-se e alimentar-se.
Hydra:
hydra é um ser vivo que pertence ao reino animalia, ao grupo dos cnidários, que possui tentáculos que a ajudam na ingestão de alimento. Esta possui uma reprodução sexuada e/ou assexuada, de acordo com as condições do meio.
Na reprodução sexuada, uma hydra macho liberta espermatozóides na água que se irão deslocar até uma hydra fêmea, onde o óvulo irá ser fecundado (fecundação externa). Forma-se, então, um ovo ou zigoto, que se desenvolve no corpo da hydra fêmea, transformando-se num embrião. Mais tarde esse embrião separasse-a do corpo da hydra mãe, dando origem a uma pequena hydra, que crescerá até formar uma hydra macho ou fêmea adulta.
Quanto á reprodução assexuada, que ocorre quando as condições do meio são mais favoráveis (por exemplo quando existe mais alimento disponível), permite originar novos descendentes por gemulação, processo no qual se formam gomos ou gemas que se irão desenvolver até se separarem do corpo da hydra mãe, originando nessa altura um ser vivo independente (a reprodução assexuada neste seres vivos também possui a capacidade de regeneração).
Espirogira:
A espirogira é um tipo de alga verde, uma clorofita, pois possui clorofila a que lhe confere a sua cor verde. Esta é um ser unicelular que pertence, tal como a amiba e a paramécia, ao reino protista. Relativamente á sua constituição, a espirogira é um ser não ramificado, constituído por células rectangulares.
Esta alga habita normalmente em lagos e charcos e possui um aspecto viscoso que se deve
ao facto dos seus filamentos serem envolvidos por uma bainha aquosa.
A espirogira pode reproduzir-se de forma assexuada ou sexuada:
Na reprodução assexuada esta utiliza a fragmentação para dar origem a descendentes. Este é um processo em que este ser vivo se divide em pequenas partes, que por mitoses sucessivas se desenvolverão até atingirem o seu tamanho característico.
A reprodução sexuada ocorre quando dois filamentos de espirogira que se encontram próximos emitem tubos de conjugação que se fundem, formando um canal de conjugação. O conteúdo de cada célula de um dos filamentos condensa-se e desloca-se pelo tubo de conjugação até á célula do outro filamento. O conteúdo celular que se movimenta constitui um gâmeta, o gâmeta dador, e o conteúdo celular que permanece imóvel é o gâmeta receptor. Cada gâmeta dador funde-se com um gâmeta receptor, ocorrendo a fusão dos núcleos e dos citoplasmas, formando-se assim, num dos filamentos, diversos ovos ou zigotos.
Penicillium:

O Penicillium, ser eucarionte que pertence ao reino fungi, é um tipo de fungo que se alimenta por absorção. Este cresce em matéria orgânica biodegradável, especialmente no solo e outros ambientes que sejam húmidos e escuros. Por contágio, contaminam frutas, sementes e outros alimentos; sendo responsáveis pelos bolores que aparecem em alimentos para consumo humano.
O penicillium pode reproduzir-se por reprodução sexuada ou assexuada:
No caso da reprodução assexuada, o mecanismo que irá originar novos descendentes é a esporulação (processo no qual se formam esporos no corpo do progenitor que irão crescer e amadurecer até se soltarem. Cada esporo originará um novo individuo.)
 
Na 2ª aula:
Tal como na primeira aula, começamos por ouvir as explicações do professor em relação á actividade laboratorial. De seguida procedemos á criação de preparações que continham dois seres vivos que pudemos observar ao microscópio, a paramécia e a blepharisma.
Aqui ficam algumas das características destes dois protistas:
Paramécia:

A paramécia é um organismo unicelular que pertence ao reino dos protistas. Esta é um protozoário que habita em águas doces, sendo especialmente frequente em pequenas poças de água suja.
A reprodução da paramécia é sobretudo assexuada mas também pode ser reprodução sexuada.
A reprodução assexuada ocorre por bipartição. Neste processo a célula que constitui o corpo do indivíduo “progenitor” divide-se por mitose, originando duas células idênticas (a divisão por mitose vai fazer com que as células-filhas sejam iguais á célula que lhes deu origem, não havendo variabilidade genética não havendo variabilidade genética o que terá como consequência a perda da individualidade genética do progenitor). As duas novas células, que são geneticamente idênticas, vão crescer rapidamente, podendo voltar a dividir-se.
No caso da reprodução sexuada, estes seres vivos reproduzem-se por um processo denominado por conjugação, processo no qual dois indivíduos de sexos diferentes entram em contacto, formando uma ponte citoplasmática temporária, por meio da qual trocam micronúcleos.
É também importante referir que a paramécia possui cílios, estruturas de pequenas dimensões e que aparecem em grande quantidade neste tipo de células, estas têm como função permitir a locomoção deste ser vivo.
Blepharisma:

Tal como rande parte dos seres vivos que descrevemos anteriormente, a blepharisma um tipo de protista. Esta destaca-se de grande parte dos outros animais que ertencem a este reino pelo facto de possuir uma tonalidade cor-de-rosa clara e or se encontrar coberta por cílios que são pequenas estruturas semelhantes a pêlos ue lhe permite mover-se através da água com relativa velocidade, tornando, por isso difícil a sua manutenção no campo de visão do microscópio. Para além da função de locomoção, os cílios também são usados por muitos protistas para apanhar alimentos.
Na blepharisma existem dois tipos de reprodução: a reprodução sexuada e assexuada.
A reprodução sexuada ocorre por conjugação, tal como na paramécia. Este é um processo no qual dois indivíduos de sexos diferentes entram em contacto, formando uma ponte citoplasmática temporária, por meio da qual trocam micronúcleos.
No caso da reprodução assexuada, esta ocorre por bipartição, processo no qual a blepharisma se divide em dois seres vivos que possuem dimensões idênticas e que irão desenvolver-se até atingirem uma dimensão semelhante á do progenitor. 
 
Na 3º aula:
Volvox
A Volvox é uma alga verde, pertencente ao reino Protista. Esta alga é uma clorofita pois possui cloroplastos que lhe conferem uma cor verde. Este organismo tem capacidade de locomoção através de flagelos. As volvox formam colónias de cerca de 50.000 indivíduos. Estes organismos aquáticos habitam em locais com água doce.
A volvox possui dois mecanismos de reprodução: a reprodução assexuada onde um individuo, por fragmentação, dá origem a outros geneticamente idênticos; e a reprodução sexuada, onde um macho liberta os gâmetas masculinos sobre os óvulos, gâmetas femininos, de forma a os fecundar.
            Os organismos que são capazes de utilizar mecanismos de reprodução assexuada, assim como mecanismos de reprodução sexuada, utilizam os processos de reprodução assexuada quando o meio disponibiliza condições favoráveis. Este mecanismo de reprodução, resulta num crescimento exponencial da comunidade de espécies, mas os indivíduos resultantes são geneticamente idênticos, o que os torna mais vulneráveis. Por esta razão, quando as condições do meio são adversas os organismos utilizam, normalmente, a reprodução sexuada, de forma a aumentar a variabilidade genética, o que permite uma melhor adaptação a alterações que possam ocorrer no meio.
 
Bibliografia: